O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é, sem dúvida, uma peça fundamental na estratégia de segurança de qualquer ambiente de trabalho. Pensado para proteger o trabalhador contra os mais diversos riscos, ele é a proteção que muitas vezes evita acidentes graves e doenças ocupacionais.
>> Tudo sobre EPI: o que é importante saber
No entanto, às vezes essa proteção pode acabar se tornando um perigo.
A hierarquia de controle de riscos
Para entender por que um EPI pode virar um risco, precisamos primeiro revisitar seu papel na hierarquia de controle de riscos. Essa hierarquia é uma sequência de ações que devem ser priorizadas para eliminar ou reduzir os perigos no ambiente de trabalho.
- Eliminação: remover o risco completamente.
- Substituição: trocar o material ou processo perigoso por um menos perigoso.
- Controles de engenharia: instalar barreiras físicas ou sistemas para isolar as pessoas do risco.
- Controles administrativos: implementar procedimentos de trabalho seguros, treinamento e sinalização.
- Equipamento de Proteção Individual (EPI): usar equipamentos que protejam o trabalhador contra o risco residual.
O ponto crucial é que o EPI é a última alternativa. Ele não elimina o risco; ele apenas reduz ou diminui a intensidade da exposição a ele. Se as etapas anteriores da hierarquia não forem adequadamente aplicadas, a dependência excessiva do EPI pode mascarar perigos latentes e, pior, criar novos.
Quando o EPI se torna um risco?
Mas afinal, quando podemos considerar que o EPI se tornou um risco? Veja alguns exemplos práticos:
Luva de malha de aço e serra fita:
A luva de malha de aço serve para proteger a mão de profissionais como o açougueiro, durante o manuseio das facas, no entanto, ao usar uma serra fita, a luva pode acabar enganchando na lâmina de serra fita, causando um acidente. Com isso, vemos que esse não é o EPI adequado para manusear uma serra fita, e deve ser evitado.
Botina com biqueira de aço para eletricistas:
A biqueira de aço é projetada para proteger os dedos dos pés contra impactos e compressões, algo essencial em muitos setores. Mas para um eletricista, ela se torna um perigo mortal. O aço é um excelente condutor de eletricidade. Se o eletricista entrar em contato com uma fonte energizada, a biqueira metálica pode conduzir a corrente elétrica diretamente para o pé do trabalhador, causando um choque elétrico severo e potencialmente fatal. Para atividades elétricas, são indispensáveis botinas com biqueiras de materiais não condutores, como composite ou fibra de carbono, que oferecem a mesma proteção mecânica sem o risco de condução elétrica.
Luva de vaqueta para eletricistas
Seguindo na linha dos eletricistas, a luva de vaqueta é outro caso emblemático. Essa luva é robusta e ideal para proteger as mãos contra riscos mecânicos como abrasão, cortes e perfurações. Muitos trabalhadores a utilizam por sua resistência e conforto.
Contudo, a luva de vaqueta não possui propriedades isolantes para eletricidade. Se um eletricista a usar para manusear circuitos energizados, ele estará totalmente exposto ao risco de choque elétrico, pois a luva não oferece nenhuma barreira à passagem da corrente. Para essa finalidade, são essenciais as luvas isolantes de borracha, específicas para diferentes níveis de tensão, e que muitas vezes são usadas com uma luva de vaqueta por cima para proteção mecânica.
Máscara respiratória em ambiente com baixo oxigênio
Imagine um trabalhador entrando em um ambiente onde o nível de oxigênio está abaixo do seguro (geralmente 19,5%). Se ele usar uma máscara respiratória comum, como um respirador PFF2 ou P3, que apenas filtra partículas, o resultado pode ser trágico.
Esse tipo de máscara não fornece oxigênio. Pelo contrário, ela pode tornar a respiração ainda mais difícil em um ambiente já deficiente em oxigênio, levando à asfixia, desmaios ou danos cerebrais irreversíveis. Para esses cenários, o EPI correto seria um equipamento de respiração autônoma (ERA) ou um sistema de linha de ar mandado, que fornecem oxigênio suplementar.
Encontrar o EPI compatível é imprescindível para evitar o risco
A escolha do EPI não pode ser uma decisão genérica ou baseada apenas no “parece bom”. Ela deve ser o resultado de um processo rigoroso que inclua:
>> https://www.soc.com.br/blog-de-sst/epi-e-epc/
- Análise Preliminar de Riscos (APR) ou Análise de Risco Completa: identificar todos os perigos presentes na tarefa e no ambiente.
- Avaliação dos Riscos: determinar a probabilidade e a gravidade de cada risco.
- Definição das Medidas de Controle: aplicar a hierarquia de controle de riscos.
- Seleção do EPI Adequado: escolher o equipamento que efetivamente mitigue o risco residual, considerando as características específicas da tarefa e do trabalhador.
- Treinamento e Capacitação: garantir que o trabalhador saiba usar, armazenar e inspecionar o EPI corretamente.
- Fiscalização e Manutenção: assegurar que o EPI esteja sempre em boas condições e sendo utilizado de forma apropriada.
Ignorar esses passos é como tentar apagar um incêndio com gasolina: a intenção pode ser boa, mas o resultado será catastrófico. O EPI é um aliado poderoso, mas apenas quando usado com inteligência e conhecimento. Sua segurança e a de seus colegas dependem disso.
Gestão de EPI? Conte com o SOC
Garanta conformidade legal, reduza custos e diminua as chances de processos trabalhistas. Veja alguns dos benefícios de contar com o SOC para a Gestão de EPI:
>> Por que contar com um Software de Gestão de EPI?
- Agilidade no acesso às informações;
- A Entrega de EPI em Massa reduz o tempo necessário para a distribuição aos funcionários;
- Eliminação de fichas físicas, recibos ou controles paralelos;
- A integração entre Entrega de EPIs e Controle de Estoque torna o processo de inclusão e retirada de EPIs mais ágil;
- Padronização de processos de entrega e devolução de EPI;
- O uso da biometria proporciona maior segurança e controle nas entregas;
- Relatórios Detalhados;
- Acompanhe a utilização e validade dos EPIs com relatórios claros e informativos.
Conheça o software líder de mercado!
Com 24 anos de inovação no mercado, o SOC é 100% online e atende empresas Prestadores de Serviços e SESMT’s que desejam ter uma gestão completa de SST, otimizando custos e cumprindo todos os requisitos legais em Saúde e Segurança do Trabalho.
A AGE Technology, empresa que desenvolve o SOC, é a pioneira no segmento com a certificação ISO 27001 e aderente à Lei Geral de proteção de dados (LGPD) com a certificação ISO 27701.
Atualmente, conta com o maior time de profissionais de TI especializados em soluções de Saúde e Segurança do Trabalho, acumulando o maior número de inovações do segmento.
Se você quer modernizar o seu sistema de gerenciamento que engloba o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – GRO e o Programa de Gerenciamento de Riscos, a fim de garantir um melhor ambiente para desempenho das atividades dos colaboradores da empresa, conte com o SOC – a melhor solução de software de Gestão Ocupacional, que apresenta os melhores resultados para suas necessidades.
300 funcionalidades para Gestão de SST completa
O SOC possui mais de 300 funcionalidades para gestão completa de saúde e segurança do trabalho. Veja algumas funcionalidades exclusivas do SOC:
- SOC Digital: o SOC é um sistema 100% sem papel, e a cada 1 hora, 5 árvores são salvas todos os dias. Com o SOC, é possível utilizar biometria, assinatura digital e ainda ter o SOCGED, para armazenar todos os seus arquivos em um só lugar.
- Aplicativo MEUSOC: o aplicativo MEUSOC é exclusivo para clientes SOC liberarem a seus funcionários. O aplicativo ajuda a otimizar a operação entre empresa e funcionário com funcionalidades exclusivas que permitem dar autonomia para seus funcionários realizarem processos e consultarem documentos.
- Rede SOCNET: o SOC possui uma rede credenciada SOCNET, a primeira e mais completa rede do mercado. Onde é possível encontrar prestadores e ser encontrado em todo o território brasileiro.
- Portal do cliente SOCRH: tenha um sistema integrado ao SOC que conecta as informações relacionadas à SST entre prestador e RH.
- SIA – Inteligência artificial: utilize a inteligência artificial do SOC para otimizar processos e ajudar na tomada de decisões.
Acompanhe o SOC nas redes sociais: Facebook | Instagram | YouTube | LinkedIn