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Entenda como elaborar um mapa de risco para a sua empresa

17 de junho de 2022

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O mapa de riscos é uma obrigatoriedade para os negócios, sendo um instrumento importante para acompanhar se os gestores estão tomando as medidas necessárias para proteger os colaboradores. Por meio dele, é possível identificar os pontos que merecem mais atenção e saber como intervir, caso a caso.

Além disso, essa é uma importante ferramenta para conscientizar colaboradores e gestores, de modo que eles saibam como devem agir no dia a dia diante de potenciais ameaças. Contudo, para isso, é fundamental que o processo seja feito de forma adequada e sem falhas.

Confira como fazer um mapa de riscos e tire as suas dúvidas sobre o tema. Boa leitura!

O que é o mapa de riscos?

Comecemos explicando com mais detalhes sobre o que é o mapa de riscos. Trata-se de uma forma visual de identificar quais são os problemas com os quais os colaboradores no dia a dia podem estar envolvidos no dia a dia e, assim, ajudá-los a identificar não só sua localização, mas quais são os riscos envolvidos, tipos e necessidades e, assim, ajudá-los na prevenção de acidentes e problemas no dia a dia.

O mapa de riscos tem um papel estratégico para evitar acidentes de trabalho em um contexto no qual esse indicador ainda é altíssimo no Brasil: em 2021, foram registrados mais de 1100 ocorrências por dia, representando 423.217 registros em todo o ano. Indicadores elevadíssimos e que poderiam ser ainda maiores sem a obrigatoriedade do mapa de riscos no dia a dia.

Com a facilidade de uma visualização gráfica, é possível que os profissionais estejam mais atentos para as questões fundamentais de cuidados com segurança e, assim, evitar problemas. Por exemplo, ao perceber que determinado ambiente oferece riscos de patologias auditivas e, ao mesmo tempo, químicas, ele sabe que precisa se prevenir com EPIs focados para as duas questões.

O modelo adotado atualmente é obrigatório e definido pelo Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, do Ministério do Trabalho. Assim, ele precisa de ser adotado em todos os negócios que têm Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Deve constar nos documento os riscos relacionados com:

  • questões que estão diretamente relacionados com a execução do trabalho (entre elas uso de equipamentos, materiais, instalações, manipulação de matéria-prima, entre outros);
  • questões relacionadas com a logística de trabalho (por exemplo, rotinas, arranjo físico do espaço, postura, treinamentos, as atividades realizadas, entre outros).

Por que elaborar um mapa de riscos é tão importante?

Elaborar um mapa de riscos vai além de obrigações legais estabelecidas para as empresas que têm CIPA. Elas também precisam disso por uma série de benefícios para os cuidados de Segurança e Saúde do Trabalho, como veremos a seguir.

  • diminuição dos índices de acidentes de trabalho;
  • maior facilidade na conscientização dos profissionais sobre as questões de trabalho;
  • evitar não só os acidentes, mas também as doenças ocupacionais, que podem estar presentes na rotina do profissional;
  • evitar pagar multa e sanções dentro da legislação (que pode ter o agravante caso um acidente de trabalho ocorra na ausência do mapa de riscos);
  • mantém a credibilidade da empresa no mercado;
  • prevenção da saúde e qualidade de vida dos pacientes no dia a dia, evitando que ocorram danos irreparáveis à saúde e qualidade de vida deles.

Como funciona o esquema de tamanhos e cores no mapa de riscos?

Outro ponto importante a ser identificado são os esquemas de cores e tamanhos das circunferências presentes no mapa de riscos. Entender essa relação permite uma melhor compreensão do mapa. Confira a seguir os principais pontos.

Tamanho dos círculos

No que diz respeito ao tamanho dos círculos, temos as seguintes classificações:

  • círculos pequenos: baixo risco;
  • círculos médios: médio risco;
  • círculos grandes: grande risco.

Esquema de cores

Já no que diz respeito ao esquema de cores, temos as seguintes definições:

  • verde: riscos físicos (como choques elétricos, vibrações, barulhos, radiações, entre outros);
  • vermelho: riscos químicos (como contatos com materiais corrosivos, gases tóxicos, elementos ácidos e materiais químicos em geral);
  • marrom: riscos biológicos (contato com agentes biológicos, como vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, e também contato com plantas e animais que podem causar efeitos tóxicos no organismo);
  • amarelo: riscos ergonômicos (postura no trabalho, esforços físicos inadequados, lesões por esforços repetitivos, uso incorreto de equipamentos, entre outros);
  • azul: riscos de acidentes (risco de quaisquer acidentes físicos que possam causar prejuízos para integridade física da pessoa, como quedas, lesões, machucados por manuseios de objetos e movimentação, batidas, atropelamentos, entre outros).

Quando os profissionais conseguem correlacionar essas questões, consegue analisar qual o grau de gravidade de risco em que está exposto e o tipo de problema que pode ser encontrado. Assim, ele consegue identificar a necessidade de utilizar EPIs nos espaços e, também, os cuidados necessários na movimentação dentro dos ambientes. Com isso, reduz-se os riscos para si e para os demais envolvidos nas atividades laborais.

Quais informações precisam estar presentes no mapa de riscos?

Mas afinal, o que obrigatoriamente precisa estar presente no mapa de risco? Separamos as principais informações a seguir:

  • círculos de tamanhos diferentes, apontando a gravidade do risco;
  • cores, que apontam o tipo de risco;
  • descrição gráfica de cada setor, para que o profissional possa localizar em qual ponto há o risco e seu grau de periculosidade. Para isso, seu ponto de partida deverá ser a planta do local. Nos casos em que não há a planta, pode-se optar por um croqui do local.

Como fazer um bom mapa de riscos?

Para que o mapa de riscos ocupacionais possa, de fato, ter os melhores resultados, é fundamental que ele seja bem elaborado. Falhas neste processo podem não abranger todos os pontos de vulnerabilidade para os profissionais, impedindo que eles possam evitar acidentes de trabalho.

Por exemplo, um profissional verificando no mapa que há um risco de atropelamento no espaço sempre estará atento em suas movimentações se há um maquinário passando e, assim, agir com maior cautela no dia a dia.

Por isso, vamos mostrar a seguir todas as informações que você precisa saber para elaborar um bom mapa de riscos no dia a dia e tire suas dúvidas sobre o assunto.

Escolha um profissional responsável pelo mapa de risco

Um primeiro passo é definir quem será o responsável por criar o mapa de risco. Ele assumirá todo o processo, mas não necessariamente precisa ser o único envolvido. É possível destinar colaboradores que auxiliem nas medidas, tornando a identificação mais fácil e eficiente.

Tenha atenção às diretrizes da NR responsável

O mapa de risco é obrigatório segundo a NR 1, que traça as diretrizes necessárias para a criação do documento em seu negócio. É importante que o responsável esteja atento a essas questões, já que possíveis mudanças realizadas podem afetar os parâmetros utilizados.

Por exemplo, a NR 1 foi modificada em 2020 e as suas alterações passam a valer para 2021. Alguns dos principais pontos de alterações foram:

  • envio das informações de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) em formato digital;
  • novas diretrizes para a capacitação e o treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho;
  • alterações e desobrigação de declaração de informações por parte de empresas que se classifiquem em graus de risco 1 e 2 (e que não tenham riscos químicos, físicos e biológicos);
  • uso da modalidade de ensino a distância e da semipresencial;
  • fim da exigência do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e substituição pelo PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), incentivando uma gestão de riscos que seja mais completa e dinâmica no dia a dia e que vá além de riscos físicos, químicos e biológicos.

Com esse último ponto, o mapa de riscos toma uma importância ainda maior, já que é necessário gerenciar todos os tipos de perigos existentes no ambiente laboral, incluindo os ergonômicos e os mecânicos no processo de proteção dos colaboradores. Segundo as diretrizes da nova NR 1, o PGR deve conter, no mínimo, dois documentos importantes:

  • mapa de riscos ocupacionais;
  • plano de ação.

Por isso, essa elaboração deve ser feita de forma consistente, a fim de auxiliar na promoção de uma maior proteção segundo a legislação vigente.

Atente para os requisitos mínimos exigidos na NR 1

Como falamos acima, as mudanças na NR 1 exigem alterações significativas na promoção de segurança, saúde e de qualidade de vida no ambiente laboral. Assim, as obrigações em sua elaboração são:

  • plano da NR1 deve ser atualizado constantemente, acrescentando informações e resolvendo questões que tenham passado por modificações na estrutura interna;
  • deve haver a caracterização dos processos internos e do ambiente de trabalho;
  • deve haver a descrição de perigos e de possíveis problemas ou agravos que os processos internos podem trazer para a saúde dos envolvidos;
  • os perigos devem ter descritas as suas fontes, bem como conter a indicação dos trabalhadores que estão sujeitos aos riscos presentes nas etapas anteriores;
  • deve haver a descrição de medidas de prevenção para minimizar ou resolver as questões contidas previamente;
  • deve haver dados de análise ou de monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos, bem como da análise ergonômica (seguindo as diretrizes da NR 17);
  • deve acontecer uma avaliação de riscos com classificação, para nortear o plano de ação;
  • deve ser feita a declaração dos critérios adotados para a avaliação de riscos e as tomadas de decisões.

Quanto mais completo for o documento, melhor ele norteará o plano de ação a ser elaborado na etapa posterior.

Apresente-o aos colaboradores da empresa

Além de ser um documento obrigatório a ser apresentado para os órgãos fiscalizadores, segundo as diretrizes da NR 1, o mapa de riscos tem um papel educativo importante para os colaboradores, conscientizando-os dos principais pontos aos quais eles estão submetidos em suas atividades.

Assim, é importante que eles sejam apresentados ao mapa de risco, com uma explicação dos principais elementos ali presentes. Por exemplo, os trabalhadores que estão sujeitos a riscos biológicos em suas atividades devem ser conscientizados sobre esses pontos e acerca das principais medidas, tanto de prevenção quanto de contenção de problemas, caso ocorra algum tipo de acidente.

Isso pode ser feito por meio de um evento, como uma semana dedicada à prevenção de acidentes de trabalho, no momento de atos de treinamento ou por meio de palestras educativas, por exemplo, que permitam engajar trabalhadores com essas questões.

Além disso, o mapa de riscos deve estar presente e afixado em local de fácil visualização para todos os colaboradores que estão submetidos a problemas dessa natureza. Isso é fundamental para que o processo de conscientização ocorra de forma consistente e contínua.

Utilize a tecnologia a seu favor no processo

Outro ponto importante para o responsável não só pela elaboração do mapa de riscos, mas também para quem gerencia a área de Saúde e Segurança do Trabalho como um todo é utilizar a tecnologia a seu favor no dia a dia. Soluções focadas nesse fim podem dar um norte importante para a análise de riscos.

Por exemplo, um sistema que aponte os principais motivos de afastamento de colaboradores por meio de acidentes de trabalho pode ser um indicativo importante de que há um risco de maior potencial naquele ambiente, sendo um norte fundamental para o responsável. Assim, ele pode avaliar o que está acontecendo e propor medidas de proteção no plano de ação.

Dessa maneira, um recurso que ofereça um Gerenciamento de Riscos Operacionais eficiente permite identificar ameaças de forma mais consistente, visualizando com maior clareza a atual situação. Isso é imprescindível para não deixar nenhum ponto de fora.

Por exemplo, o SOC oferece um módulo para a realização do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), que permite ao responsável mapear e gerenciar perigos aos quais os colaboradores estejam submetidos. Alguns dos diferenciais do nosso módulo de GRO são:

  • matriz 5×5 do risco, que permite uma visão mais abrangente dos perigos do negócio, bem como a análise de novas possibilidades de combinações de probabilidades e de gravidades dos riscos;
  • análise do histórico e projeções sobre determinado risco, com uma avaliação comparativa com outros riscos presentes;
  • vinculação do módulo a dados de equipamentos de medição;
  • facilidade para a emissão do mapa de riscos;
  • facilidade, também, para a elaboração posterior do plano de ação;
  • adequação às novas regras das NRs.

Com o SOC, você terá todas as facilidades para o seu negócio, permitindo a adoção de medidas de proteção que vão além das exigências dos órgãos reguladores. Proteja os seus colaboradores tendo em mãos um mapa de riscos produzido de forma facilitada e eficiente.

Como colocar o mapa de riscos em prática?

Ok, os profissionais responsáveis elaboraram o mapa de riscos, e agora? O que precisa ser feito para colocá-lo em prática? Separamos algumas dicas importantes a seguir.

  • reúna os colaboradores e apresente o mapa de riscos;
  • deixe-o visível em locais em que todos os profissionais podem encontrá-lo;
  • tire dúvidas deles sobre o mapa no treinamento, apresentando ponto a ponto.

Agora que você sabe como fazer um mapa de riscos, é fundamental entender quais outras medidas de proteção podem ser utilizadas. Uma delas é implementar um programa de uso efetivo de EPIs. Saiba mais no artigo!

E não deixe de aproveitar e conhecer mais sobre gestão de riscos e segurança do trabalho nas empresas! Acompanhe nosso conteúdo no Facebook e receba as dicas em seu feed.

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