O burnout vem afetando milhares de trabalhadores todos os anos, e por isso, é importante saber sobre a atuação da medicina do trabalho.
Hoje, com a rapidez com que as coisas acontecem, a busca por produtividade e sucesso tem levado muitos profissionais a pontos de exaustão física e mental. E quando falamos de saúde mental, falamos de algo que não é possível ver, mas que pode ter consequências que atrapalham toda a vida do profissional.
>> Síndrome de Burnout e o papel das empresas
Existem algumas doenças ligadas à saúde mental, como o burnout, que acomete milhares de profissionais de diferentes locais e funções todos os anos. A empresa tem um papel importante em tratar isso e fazer com que os riscos sejam minimizados.
O que é o burnout?
A Síndrome de Burnout é uma doença que passou a ser considerada doença do trabalho em 2022 e que vêm sendo muito falada nos últimos tempos. Traduzindo do inglês, a palavra vem de “burn” que significa “queima” e “out”, que quer dizer “fora/exterior”.
>> Síndrome de Burnout: o que é e como identificar? – SOC
Segundo o Ministério da Saúde, Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
Ele se manifesta em três dimensões principais:
- Exaustão emocional: sente-se a completa falta de energia, a sensação de que as “baterias” estão zeradas. A pessoa se sente incapaz de lidar com as demandas do dia a dia, e a mínima tarefa parece monumental.
- Despersonalização ou cinismo: o profissional começa a se distanciar emocionalmente do seu trabalho e das pessoas. A empatia diminui, e a pessoa pode se tornar cínica, irritadiça e fria, tratando colegas, clientes ou pacientes como objetos ou números.
- Baixa realização profissional: a sensação de competência e a satisfação com o trabalho desaparecem. O sentimento de que o esforço não gera resultados e que o trabalho perdeu o sentido se instala, levando a uma profunda desmotivação e perda de propósito.
O motivo do aumento do Burnout nos últimos anos
Existem vários motivos que causam o burnout, como a sobrecarga e a presssão por resultados. Além disso, é possível incluir a falta de autonomia e controle sobre o próprio trabalho, ausência de reconhecimento, falta de clareza nas responsabilidades e instabilidade no emprego podem se tornar gatilhos. Além disso, a falta de suporte social no ambiente de trabalho e a exposição a ambientes tóxicos, com assédio moral e má gestão, são combustíveis para o esgotamento.
O papel da medicina do trabalho na prevenção do burnout
A medicina do trabalho atua na prevenção, ou seja, evitar que chegue à doença ou ao acidente de trabalho. Ela desempenha um papel importante na prevenção da síndrome de burnout, atuando na identificação precoce de fatores de risco e na promoção de um ambiente de trabalho saudável. Por meio de exames periódicos, a medicina do trabalho pode avaliar a saúde física e mental dos trabalhadores, identificando os sinais de estresse e exaustão. Além disso, a medicina do trabalho atua na orientação dos trabalhadores sobre o cuidado com a saúde mental e na implementação de medidas preventivas, como a adequação da carga de trabalho e a promoção de um ambiente de trabalho positivo.
Workshops sobre gestão do tempo, técnicas de relaxamento, a importância de desconectar do trabalho e como construir resiliência emocional são ferramentas valiosas que a medicina do trabalho pode implementar em parceria com os departamentos de recursos humanos.
Ao reconhecer o esgotamento de um profissional, é importante abordá-lo para entender como se sente e o que a empresa pode fazer para ajudar, perceber os sinais é muito importante, antes que se torne algo mais sério para sua saúde e seja necessário um afastamento.
Tratamento
Caso o colaborador seja diagnosticado com o burnout, ele deve se afastar para que possa fazer o tratamento, que inclui terapia, em casos mais graves pode incluir medicações e autocuidado, como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável e dormir bem.
No ambiente do trabalho, é necessário ajustar a carga horária, estabelecer pausas e promover um ambiente de trabalho mais equilibrado, além disso a liderança deve mostrar apoio ao trabalhador, fazendo com que ele se sinta à vontade para conversar quando necessário.
Casos de Burnout: como funciona a CAT?
Segundo o artigo 23 da Lei 8.213/91, o início da doença ocupacional se dá com o diagnóstico ou o início da incapacidade. Desde o diagnóstico, já é possível solicitar a abertura da CAT e pela lei, a empresa teria o prazo de 1 dia útil para abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho após o atestado ser entregue.
Antes da empresa abrir a CAT, é necessário fazer toda a perícia e investigar se o colaborador esteve passando por algum outro problema mental/psicológico como ansiedade, depressão ou outro. Isso porque, a CAT para burnout deve ser aberta de modo exclusivo para casos que possuem como fonte geradora o trabalho em si. São necessários dados para chegar na conclusão final com consultas, atestados e laudos.
Ainda, após o colaborador apresentar todos os laudos, a empresa ainda pode solicitar uma contestação.
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Monitorar o funcionário, fazer a gestão de doenças do trabalho e de toda saúde ocupacional nem sempre é uma tarefa fácil. É necessário olhar para o lado do colaborador e de toda a empresa. Por isso, contar com um software para gestão de saúde do trabalho é necessário.
>> Gestão de saúde ocupacional: qual a importância para sua empresa? (soc.com.br)
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>> Por que o sistema SOC é referência nos envios do eSOCial?
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