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Os efeitos do ruído ocupacional nos trabalhadores

14 de novembro de 2025

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O ruído ocupacional é um dos agentes físicos mais presentes nos ambientes de trabalho e figura entre as principais causas de perda auditiva relacionada ao trabalho. Mesmo em atividades que não parecem perigosas, a exposição contínua ao ruído pode gerar efeitos cumulativos e irreversíveis na saúde do trabalhador. Por isso, entender o que é o ruído ocupacional, como ele afeta o organismo e quais são as determinações legais sobre o tema é essencial para empresas que desejam estar em conformidade e proteger seus colaboradores. 

O que é ruído ocupacional e por que ele é perigoso 

O ruído ocupacional é caracterizado como qualquer exposição a níveis sonoros elevados durante a jornada de trabalho. Pode ser contínuo, intermitente ou de impacto, e é gerado por máquinas, ferramentas, atividades industriais, ambientes logísticos, construção civil e até escritórios com alta movimentação. Embora seja um risco comum, seus efeitos são graves, pois o sistema auditivo humano é sensível e não se recupera quando exposto de forma excessiva ao longo dos anos. A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), por exemplo, é uma das principais doenças ocupacionais reconhecidas no Brasil, e muitas vezes se desenvolve silenciosamente, sem o trabalhador perceber até que a perda já está instalada. 

>> Perda Auditiva Ocupacional e a importância da Audiometria  

Os efeitos do ruído ocupacional no corpo humano vão além da audição 

Quando se fala em ruído, muitos associam somente à perda auditiva, mas o impacto vai muito além disso. A exposição constante ao ruído causa estresse fisiológico, libera hormônios como cortisol e adrenalina e pode alterar o ritmo cardíaco. Entre os sintomas mais comuns estão irritabilidade, fadiga, dificuldade de concentração e dores de cabeça. Em ambientes que exigem alta atenção, esses efeitos aumentam significativamente o risco de acidentes. A comunicação também é prejudicada, dificultando instruções de segurança e afetando diretamente a produtividade. Estudos mostram que níveis moderados de ruído já são suficientes para reduzir o desempenho cognitivo, principalmente em tarefas que exigem foco ou memória. 

O que diz a legislação sobre o ruído ocupacional  

No Brasil, o ruído ocupacional é regulamentado principalmente pela Norma Regulamentadora NR-15, que determina os limites de tolerância para atividades insalubres. Para o ruído contínuo ou intermitente, o limite de exposição para uma jornada de 8 horas é de 85 dB(A). Acima desse valor, a exposição passa a ser considerada insalubre, exigindo medidas de controle e podendo gerar pagamento de adicional de insalubridade. Além disso, a NR-15 estabelece a relação de troca de 5 dB, ou seja, a cada aumento de 5 dB no nível de ruído, o tempo máximo de exposição permitido é reduzido pela metade. Já para o ruído de impacto, a legislação define o limite de 120 dB(lin). Essas regras existem para proteger o trabalhador de danos irreversíveis, mas dependem de avaliações técnicas adequadas para serem aplicadas corretamente. 

>> NR-15: A Norma que estabelece as atividades insalubres  

A importância da avaliação ambiental e da dosimetria 

Para garantir uma análise precisa da exposição ao ruído ocupacional, é fundamental realizar avaliações ambientais conforme metodologias reconhecidas, como a NHO-01 da Fundacentro. A simples medição pontual com um decibelímetro nem sempre reflete a realidade da exposição diária. Por isso, o uso da dosimetria, que acompanha a variação do ruído ao longo de toda a jornada, é uma prática essencial. Esse tipo de medição revela picos sonoros, períodos críticos e eventuais subnotificações, permitindo uma análise mais completa e fiel. Com dados confiáveis, a empresa pode planejar melhor suas ações de controle, avaliar se há insalubridade e tomar decisões mais assertivas em relação à proteção do trabalhador. 

>> Quanto tempo deve ter uma avaliação de ruído?  

Como controlar o ruído ocupacional de forma eficiente 

O controle do ruído ocupacional deve seguir uma hierarquia definida pela NR-09 no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). A primeira etapa é buscar a eliminação ou substituição da fonte ruidosa, seja por meio da troca do equipamento, mudança do processo produtivo ou utilização de tecnologias mais silenciosas. Quando isso não é possível, entram em ação as medidas de engenharia, que incluem enclausuramento de máquinas, barreiras acústicas, manutenção preventiva e reorganização do layout. Apenas quando essas medidas não forem suficientes, a empresa deve recorrer às medidas administrativas, como rodízio de colaboradores ou redução do tempo de exposição. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) deve ser considerado a última barreira de proteção, complementando as demais estratégias. 

>> Tudo sobre EPI: o que é importante saber  

Os desafios relacionados ao uso de protetores auditivos 

Embora essenciais, os protetores auditivos não podem ser tratados como solução única. O mau uso ou o uso inadequado reduz drasticamente sua eficácia. Protetores mal ajustados ou utilizados de forma intermitente deixam brechas que permitem a passagem do ruído e comprometem a proteção do trabalhador. Além disso, muitos colaboradores retiram os protetores para conversar, se comunicar ou por desconforto, aumentando ainda mais sua vulnerabilidade. Por isso, é indispensável oferecer treinamentos periódicos, orientações práticas e fiscalização contínua, garantindo que o EPI cumpra sua função. 

Monitoramento da saúde auditiva e prevenção contínua 

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) exige que os trabalhadores expostos ao ruído realizem audiometrias admissionais, periódicas e demissionais. Esse monitoramento permite identificar precocemente alterações auditivas e agir antes que a perda se torne irreversível. Além disso, os resultados desses exames ajudam a empresa a avaliar a eficácia das medidas de controle implementadas e a ajustar estratégias quando necessário. Investir em prevenção é sempre mais eficiente e menos custoso do que lidar com danos instalados. 

>> A importância da Saúde Ocupacional e a exigência do PCMSO  

Além de proteger a saúde, o controle do ruído melhora significativamente o desempenho dos trabalhadores. Ambientes mais silenciosos favorecem a concentração, aumentam a precisão das tarefas, reduzem erros e fortalecem a comunicação entre equipes. Empresas que investem na gestão eficiente do ruído percebem redução de acidentes, menor rotatividade e um ambiente mais agradável. A produtividade cresce naturalmente quando o trabalhador consegue desempenhar sua função com conforto e segurança. 

>> NR 7: tudo sobre a Norma e a exigência do PCMSO  

Avanços tecnológicos no controle e monitoramento do ruído 

Com a evolução da tecnologia, surgiram equipamentos e sistemas inteligentes capazes de monitorar o ruído em tempo real. Sensores conectados, softwares de gestão de SST, como o SOC e dispositivos IoT permitem acompanhar a exposição sonora continuamente e emitir alertas quando os limites são ultrapassados. Essas soluções trazem precisão, velocidade na tomada de decisão e maior autonomia para gestores de segurança, tornando o controle mais eficiente e atualizado. 

>> Por que contar com um Software de Gestão de EPI?  

A importância de uma gestão integrada e preventiva do ruído 

Gerenciar o ruído ocupacional é mais do que uma exigência legal: é um investimento estratégico na saúde, na produtividade e na sustentabilidade das operações. Com avaliações bem executadas, medidas de engenharia eficientes, uso correto de EPIs e acompanhamento médico adequado, é possível construir ambientes muito mais seguros e saudáveis. Quando a empresa entende a importância da prevenção, os riscos diminuem, os custos reduzem e o trabalhador ganha em qualidade de vida. 

Conte com um software para te ajudar com o PCMSO  

Ter um software para Gestão de SST é imprescindível. O SOC possui mais de 300 funcionalidades para otimizar seu tempo e reduzir custos de sua empresa. No SOC, é possível fazer toda a gestão e emissão dos documentos do PCMSO exigidos pela NR 7.  

>> PCMSO e eSocial: 5 passos para realizar a adequação  

Com o SOC, é possível:  

  • Cadastrar exames e disponibilizá-los para as Empresas Clientes.  
  • Aplicar exames de acordo com os Riscos Ocupacionais identificados.  
  • Criar e configurar os médicos responsáveis pelo PCMSO.  
  • Cadastrar atividades para compor o Cronograma de Ações do PCMSO.  
  • Cadastrar laudos e textos padrões para serem exibidos no PCMSO.  
  • Registrar acidentes, resultados de exames e afastamentos na exibição do Relatório Analítico.  
  • Emitir o PCMSO e o Relatório Analítico.  
  • Fazer a Gestão de Vacinação e de Doenças Crônicas.  
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