Diferente do absenteísmo, o presenteísmo é sobre estar presente no ambiente, mas não estar produzindo, e isso afeta toda a empresa.
Nos últimos anos, o debate sobre produtividade e bem-estar dentro das empresas brasileiras ganhou força, especialmente em áreas como Saúde e Segurança do Trabalho (SST), onde os impactos da saúde física e mental dos trabalhadores são diretamente percebidos no dia a dia operacional. Entre os fenômenos mais prejudiciais e, ao mesmo tempo, menos discutidos, está o presenteísmo. Embora pareça inofensivo à primeira vista, ele pode ser muito mais perigoso para os resultados do que o absenteísmo tradicional. Afinal, estar presente não significa, necessariamente, estar produzindo, engajado ou saudável.
>> O que é o presenteísmo no trabalho? Veja aqui!
O presenteísmo ocorre quando o colaborador comparece ao trabalho mesmo adoecido, desgastado emocionalmente, com dores físicas, sobrecarga mental ou qualquer outro fator que prejudique seu desempenho. Em um país onde grande parte dos trabalhadores ainda teme ser julgado por faltar ou por demonstrar fragilidade emocional, o presenteísmo se tornou uma realidade silenciosa e extremamente custosa para as organizações.
A seguir, entenda como esse comportamento afeta diretamente a performance, o clima organizacional e a saúde financeira das empresas, e por que ele deve ser tratado como prioridade na gestão estratégica de SST.
>> Absenteísmo no Trabalho: quais as causas?
Presenteísmo: o inimigo invisível da produtividade
O maior problema do presenteísmo é que ele é quase imperceptível aos olhos de gestores que ainda associam produtividade apenas a presença física. Não existe atestado médico, não existe registro formal de afastamento, não existe ausência. O colaborador está ali. Mas não está inteiro.
>> Como a Saúde e Segurança do Trabalho atua na produtividade
Quando um profissional trabalha adoecido, seja por uma gripe forte, uma crise emocional, dor crônica ou cansaço extremo, sua eficiência cai drasticamente. Estudos internacionais da Harvard Business Review, indicam que o presenteísmo pode reduzir até 30% da capacidade produtiva de um trabalhador, um número que, multiplicado por equipes inteiras, transforma-se em uma perda financeira significativa para qualquer empresa.
No Brasil, o cenário é ainda mais delicado: grande parte dos casos de presenteísmo está ligada a problemas emocionais, como ansiedade e depressão, além de dores musculoesqueléticas, que são campeãs de afastamento, segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho. São condições que impactam diretamente a capacidade de concentração, o raciocínio, a tomada de decisão e até mesmo a coordenação motora.
Ou seja, o colaborador presenteísta não apenas entrega menos: ele entrega com menos qualidade.
Impacto direto na qualidade do trabalho e nos resultados
Um dos efeitos mais imediatos do presenteísmo é a queda perceptível na qualidade das entregas. Tarefas que antes eram concluídas rapidamente se tornam demoradas; erros simples começam a aparecer com frequência; retrabalhos se acumulam; conflitos internos aumentam; decisões são tomadas sem clareza; e prazos passam a ser mais difíceis de cumprir.
>> Absenteísmo no Trabalho: quais as causas?
Além disso, o presenteísmo afeta também:
A equipe: Um colaborador desmotivado, cansado ou com dores pode contaminar o clima interno. A sobrecarga emocional e o estresse são facilmente percebidos por colegas, o que gera tensão e diminui a colaboração.
A liderança: Líderes que não percebem o presenteísmo acabam reforçando uma cultura de “entregas a qualquer custo”. Com isso, deixam de agir preventivamente e contribuem para o agravamento da saúde do colaborador.
O cliente :O produto final ou serviço oferecido perde qualidade. Isso afeta a percepção de valor, a fidelização e a reputação da marca.
A operação: Em setores que exigem atenção, força física ou tomada de decisão rápida, como segurança, indústria, logística, saúde e atendimento ao público, o presenteísmo aumenta o risco de acidentes e falhas graves.
Ou seja: presenteísmo é custo, risco e desgaste, tudo ao mesmo tempo.
O custo oculto que pesa no financeiro da empresa
Embora seja comum associar custos trabalhistas apenas ao absenteísmo (afastamentos, licenças médicas, substituições temporárias), o presenteísmo também gera prejuízo financeiro expressivo. Ele impacta diretamente na produtividade, na qualidade e no retrabalho e, por isso, é considerado por especialistas um problema de alto custo invisível.
Os principais prejuízos financeiros ligados ao presenteísmo incluem:
- Redução da produtividade individual e coletiva.
- Aumento de retrabalho e desperdícios operacionais.
- Maior risco de acidentes que podem gerar afastamentos futuros.
- Aumento da rotatividade, já que colaboradores adoecidos tendem a buscar outros ambientes.
- Queda no desempenho de equipes inteiras, não apenas de um indivíduo.
Ou seja, embora não apareça no espelho de ponto, o presenteísmo pesa e muito no orçamento.
>> O impacto dos Exames Periódicos na redução do absenteísmo
Relação direta com saúde ocupacional e gestão de pessoas
O presenteísmo é, na essência, um reflexo da cultura organizacional. Empresas que valorizam exclusivamente a entrega, sem considerar o bem-estar, acabam estimulando comportamentos adoecidos. Em contrapartida, organizações que investem em Saúde e Segurança do Trabalho, programas de prevenção, qualidade de vida, ergonomia, acompanhamento médico e psicológico tendem a ter índices menores de presenteísmo.
Um dos caminhos para identificar e combater o problema envolve:
- Monitorar indicadores de saúde e produtividade.
- Criar um ambiente em que o colaborador se sinta seguro para comunicar dificuldades.
- Investir em ergonomia, ginástica laboral e avaliações clínicas periódicas.
- Promover campanhas internas sobre saúde mental e física.
- Capacitar líderes para identificar sinais de adoecimento.
- Implementar políticas claras de afastamento e retorno ao trabalho.
Empresas que enxergam a saúde do colaborador como parte da estratégia e não como custo, colhem resultados em engajamento, eficiência e clima organizacional.
O papel do RH e de SST no combate ao presenteísmo
O presenteísmo é multidisciplinar. Envolve saúde corporativa, gestão de pessoas, cultura organizacional e legislação. E o setor de SST, em conjunto com o RH, tem papel central na identificação e no controle desse comportamento.
>> Como a integração entre RH e SST pode reduzir custos
Profissionais de SST podem atuar oferecendo dados, relatórios, triagens específicas, análise de indicadores e programas de prevenção que reduzem o adoecimento, especialmente no que diz respeito às lesões por esforço repetitivo, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) e problemas emocionais.
>> LER e DORT são doenças ocupacionais que merecem atenção
Já o RH pode trabalhar o lado comportamental: cultura de acolhimento, comunicação, clima, gestão humanizada, treinamentos, práticas de valorização e suporte ao colaborador.
Quando esses dois setores atuam juntos, há mais visibilidade sobre os sinais de presenteísmo e maior capacidade de agir cedo, antes que o colaborador e a empresa sofram impactos mais sérios.
>> Portal do Cliente SOCRH: Transparência entre SST e RH
Enfrentar o presenteísmo é investir no futuro da empresa
Ignorar o presenteísmo é fechar os olhos para um problema que age silenciosamente, desgasta equipes, compromete resultados e mina a saúde dos trabalhadores. Mais do que presença física, as organizações precisam de colaboradores inteiros, saudáveis, engajados e capazes de entregar o melhor de si.
>> Como reduzir o absenteísmo no trabalho
Ao investir em prevenção, bem-estar, ergonomia, saúde mental, cultura organizacional e gestão humanizada, a empresa não só reduz o presenteísmo, como também fortalece sua marca empregadora, melhora seu clima interno e aumenta a produtividade de maneira sustentável.
Em um mundo onde produtividade e saúde caminham juntas, combater o presenteísmo não é apenas uma boa prática, é uma necessidade estratégica para qualquer empresa que deseja crescer de forma inteligente e humana.
>> Como funciona a Gestão de afastamentos e absenteísmos no SOC
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