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Terapia ocupacional: importância e diferença da terapia comum

26 de fevereiro de 2020

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Muitas vezes confundida com a terapia psicológica, a Terapia Ocupacional traz um novo olhar para os que possuem questões motoras e cognitivas, sendo indispensável para sua recuperação, autonomia e autoestima. Entenda agora e surpreenda-se com esta profissão.

Na Antiguidade, acreditava-se que as atividades exercidas por um indivíduo poderiam ser responsáveis pela sua cura, desde que o mantivesse no controle de sua capacidade física e mental.

Tomando essa ideia como base e indo a fundo neste cenário, surgiu a Terapia Ocupacional, uma prática que visa o desenvolvimento, a manutenção e a recuperação das funções motoras, sociais, cognitivas, sensoriais e perceptivas dos pacientes. O objetivo é intervir em diferentes faixas etárias e oferecer suporte aos portadores de alterações genéticas ou traumáticas, que possam ser prejudiciais ao seu desempenho rotineiro.

Assim, todas as demandas de avaliação e desenvolvimento do projeto terapêutico são estabelecidas para oferecer mais qualidade e proatividade a este sujeito, aumentando suas capacidades, integrando-o à sociedade e dando-lhe um papel em sua própria jornada.

Para isso, este método, apesar de ainda estar em crescimento no Brasil, vem sendo abraçado por profissionais da área da saúde que tenham se registrado no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) e estejam habilitados, segundo consta na Resolução nº 08 do COFFITO.

Ficou curioso para saber mais? Siga a leitura e apaixone-se por uma profissão que tem como missão recuperar vidas.

A importância da Terapia Ocupacional

A terapia ocupacional é essencial para integrar os indivíduos com determinadas deficiências em grupos sociais. Promovendo uma melhoria de sua saúde física e mental. Para tal, são considerados métodos que estimulem a participação do paciente na sociedade e a sua autonomia em diversos contextos sociais.

Dessa maneira, seu papel está em elaborar tratamentos e métodos que possam conectar estes sujeitos às atividades que pretendem desempenhar. É o caso das produtivas, relacionadas a sua subsistência e à contribuição para a sociedade. E também as de entretenimento, que correspondem ao lazer e às atividades diárias – o que faz com que as alterações físicas, emocionais, cognitivas ou mentais sejam superadas para que sua rotina pessoal seja simplificada.

Logo, a terapia ocupacional atua na avaliação do envolvimento de cada paciente nas ocupações consideradas relevantes para a sua vida. São considerados três aspectos:

  • o ambiente,
  • a ocupação,
  • e a pessoa – e no desenvolvimento das mesmas para uma maior qualidade de vida.

Todos esses aspectos servem para realizar uma orientação e elaborar um planejamento da rotina, de modo que ele consiga conviver de forma natural com sua condição e ser autossuficiente, mesmo com as dificuldades que possam aparecer por suas limitações.

Ainda assim, para aqueles que possuem dúvidas, é importante saber que uma série de indivíduos podem se beneficiar com esta prática.

Não há restrições de idade na aplicação da terapia ocupacional, poderão ser tratadas pessoas desde a primeiríssima infância até à terceira idade. É importante ressaltar que não se trata apenas da reabilitação física, mas também demais aspectos que contribuem para o senso de utilidade e pertencimento do indivíduo.

A diferença entre Terapia Psicológica e Terapia Ocupacional

Neste tópico, discutiremos “terapia” como parte integrante do tratamento realizado por um psicólogo. Embora os profissionais possam combinar suas atividades, atuando em conjunto, existem diferenças na tangibilização dos respectivos tratamentos.

É comum que alguns indivíduos confundam ambas as funções. No entanto, apesar de poderem trabalhar em conjunto, ambos os conceitos são bem diferentes.

No primeiro caso, da Terapia Psicológica, são abordados os diferentes aspectos da vida do sujeito que possam estar impactando no seu funcionamento e rotina, causando limitações e prejuízos emocionais e físicos. Assim, é preciso que o indivíduo seja acompanhado em sessões que estimulam a cura pela fala, permitindo que ele possa ter insights a respeito de suas questões e as elaborem da melhor maneira possível.

A terapia ocupacional, por sua vez, visa incluir pessoas com diferentes níveis de distúrbios físicos, emocionais ou mentais na execução de atividades em que uma adaptação se faz necessária, auxiliando na recuperação da autoestima, exercício pleno da cidadania e autonomia.

O profissional, ao contrário do psicólogo, tem uma função mais abrangente no restabelecimento ou desenvolvimento de meios para se atingir o bem-estar psíquico, social e físico de pacientes com patologias distintas.

Ele fará a orientação e planejamento da rotina do paciente de modo que ele consiga conviver de forma natural, autossuficiente e adaptada ao meio em que está inserido (ou se propõe a estar).

É uma forma de estimular a autoconfiança do paciente na execução de diversas ocupações, desde as mais simples, como escovar o cabelo, até as mais complexas como retomar uma atividade profissional após um acidente traumático.

Tipos de Terapia Ocupacional

O terapeuta ocupacional pode atuar e se especializar em diferentes áreas:

Reabilitação

Nesta área, o terapeuta atuará na prevenção de doenças ou acidentes decorrentes de um desequilíbrio no ambiente de trabalho.

Além das ações preventivas, o profissional atuará na reintegração de pessoas que sofreram acidentes ou desenvolveram uma doença de trabalho na rotina corporativa e na integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Gerontologia

Especialmente após a aposentadoria, muitos idosos perdem seus papéis ocupacionais, o que pode abrir um leque para uma série de patologias, como a depressão, a atrofiação e até mesmo o sentimento de inutilidade perante a sociedade.

Diante deste cenário, as atividades da Terapia Ocupacional aparecem como uma ação transformadora que contribui para um envelhecimento ativo, gera satisfação e promove a qualidade de vida. Logo,o terapeuta ocupacional que atuar em gerontologia irá auxiliar idosos a recuperaram a autonomia em diferentes ocupações.

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Além disso, contar com este tipo de atendimento é uma forma de apresentar uma visão holística ao processo de envelhecimento, o que é fundamental para mudar a perspectiva que se tem sobre esta fase.

Reintegração Social

Esta área atua na reintegração de pessoas carentes, dependentes químicos e menores infratores na sociedade. Dessa maneira, esta prática auxilia na reinserção social de maneira adequada, compreendendo as limitações, as dificuldades de voltar a fazer parte de um convívio em grupo e os anseios que envolvem tal processo.

Apesar disso, sua principal meta é fazer com que essa reintegração se dê da melhor maneira possível, compreendendo a importância da ressocialização, estabelecendo um diálogo e atuando ativamente no campo social – uma vez que o conceito de saúde se dá não apenas pelo entendimento físico, como também pelas questões psicossociais que atravessam o sujeito.

Desenvolvimento Educacional

O terapeuta ocupacional poderá auxiliar no desenvolvimento educacional de crianças com deficiência, portadores de síndromes e transtornos, como o autismo, ou com dificuldades no aprendizado. É feita a devida inserção e adaptação do indivíduo no ambiente escolar.

Aqui, a meta é dar assistência integral aos pequenos, identificando precocemente as situações que possam comprometer o processo de ensino, aprendizagem ou, até mesmo, a autonomia da criança.

Para isso, utilizando de atividades lúdicas, o terapeuta ocupacional pode unir-se ao professor para encontrar onde estão as principais necessidades dos pequenos, como o aprimoramento da sua coordenação, a experiência dos sentidos, os conceitos sobre tamanhos e formas, os conflitos com a leitura ou escrita, dentre outros.

Tudo isso para promover o desenvolvimento e fazer com que o processo de inclusão dos que têm dificuldades se dê de forma mais simplificada e empática. Afinal, aqui é possível trabalhar com crianças que sofrem desde transtornos motores até mesmo os com múltiplas deficiências.

Saúde mental/Psiquiatria

Busca o tratamento e integração do paciente com transtornos psicológicos ou psiquiátricos na vida em sociedade. Tanto em seu ambiente pessoal como no profissional.

É graças a esta abordagem que inúmeros indivíduos com algum tipo de psicopatologia conseguem ter um convívio com diferentes grupos, inserindo-se novamente no campo de trabalho, desenvolvendo habilidades, realizando expansões na área educacional (como voltando a estudar ou dando continuidade aos estudos) ou, até mesmo, obtendo lazer através da arte e de outras atividades.

Dessa maneira, independentemente da questão que esteja afligindo o paciente, é possível encontrar um segmento ocupacional que seja benéfico em sua jornada de recuperação e que, acima de tudo, possa devolver-lhe tudo o que necessita, seja físico ou mental.

Pacientes que podem se beneficiar da Terapia Ocupacional

Abaixo, citamos alguns exemplos de pacientes que podem encontrar na Terapia Ocupacional uma solução para o desempenho de suas ocupações.

Pessoa com depressão crônica

O terapeuta ocupacional irá auxiliar o paciente em depressão a encontrar um propósito de vida por meio de ocupações diárias. Durante o tratamento será estimulada a recuperação da autoestima e bem-estar psicológico.

Além disso, esta é uma estratégia que auxilia estas pessoas a desempenharem seus diferentes papéis e ocupações com um novo olhar, encontrando a satisfação em cumprir suas responsabilidades, seja como estudante, profissional, filho, marido ou o que for.

A ideia é reabilitar o sujeito de modo que seu cotidiano seja reorganizado e ele se desvincule do rótulo que, muitas vezes, vem com o diagnóstico.

Pessoa com perda motora

Após um acidente, a terapia ocupacional poderá ajudar o paciente que desenvolveu sequelas prejudiciais ao desempenho de atividades diárias. Uma pessoa que sofreu perda motora contará com auxílio para se adaptar à nova condição de modo a manter o máximo de autonomia possível.

Afinal, para estes indivíduos, perder algum tipo de motricidade pode representar tornar-se dependente de seus cuidadores e este não é o ponto. O objetivo da Terapia Ocupacional é, justamente, devolver-lhe a liberdade, independência e proatividade, mesmo que as limitações tenham uma parcela significativa.

Atraso no desenvolvimento infantil

Crianças podem ser estimuladas com materiais e brinquedos adequados para suprir as necessidades originadas por atrasos no desenvolvimento infantil. Seja motor, mental ou sensorial.

Inclusive, o lúdico, como já dito anteriormente, é algo extremamente usado no que diz respeito aos pequenos, já que é uma maneira de analisar o quadro e estimulá-los diante das adversidades, com o intuito de que desenvolvam habilidades e possam aprender cada vez mais.

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Saiba mais:

» A importância dos profissionais de Saúde do Trabalho para as empresas

» Doenças Ocupacionais mais comuns e o que fazer para evitá-las?

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